A semifinal foi extremamente sofrida. Cuba fez o primeiro set ("Malditos cubanos!" - by Lucas L.) , e apesar de o Brasil ter fechado os 3 sets seguintes, foi por baixo de pressão o jogo todo. As coisas pioraram com alguns choques de jogadores brasileiros durante o jogo: Vissoto pulou por cima de Marlon, que não saiu a tempo e levou uma joelhada na nuca. Os dois caíram ao chão, mas não demoraram a se recuperar. Um pouco depois, Vissoto pulou para bloquear e, ao descer, pisou de mal-jeito, por não ter tido espaço suficiente para aterrisar (Lucão desceu do bloqueio com ele, e dificultou as coisas inocentemente), então Leandro Vissoto torceu gravemente o tornozelo esquerdo.
Apesar de tudo, as muitas provocações, já tradicionais desse clássico, só ajudaram a colocar mais raiva na braçada dos jogadores brasileiros. Depois de muito 'sofrimento', ganhamos.
A final foi menos sofrida, nos primeiros 2 sets. Apesar da pouca diferença de pontos, (1º e 2º set acabaram em 25 x 22) nos dois primeiros sets só deu Brasil! O destaque foi o levantador Marlon que, mesmo sendo baixinho (ele mede 1,88m, mas perto de jogadores com 2,8m, ele supostamente deveria sumir.), bloqueou sabe-se lá como, além de levantar bolas incríveis, para jogadas surpreendentes. Foi impressionante o trabalho em equipe. O Brasil estava 100%. Dante, Murilo, Lucão. Mesmo assim, após fechar de maneira exepcional 2 x 0, a Rússia surpreendeu. Parece que havia aprendido os movimentos brasileiros. Foi desesperador. Abriu-se a vantagem de até 7 pontos, e perdemos o 3º set. No 4º, as coisas pareciam ainda não funcionar. No momento decisivo do jogo, O Brasil não conseguia liderar o set por mais de 2 pontos, então o Mestre Bernardinho usou de toda a sua tática ainda escondida: explorou jogadores novos, como Théo e Mário Júnior, e o time conseguiu reerguer-se, nos momentos finais. A glória, enfim!
Foi difícil pra mim, aguentar as fortes emoções do jogo. E assistí a tudo praticamente sozinha, excluindo o fato de falar no telefone com alguns amigos especiais, que estavam torcendo junto comigo. Mas eu me desesperei por vezes com o medo de perder o jeito, perder o jogo. Perder o título. E as pessoas não entendem porquê é tão importante ganhar um campeonato que acontece todos os anos. Não é pelo campeonato. É pela confiança. Volley é emoção e reflexo. Você precisa dos dois. Se seu time só perde, a sua emoção fica abalada. E se essa segurança não existe, todo esforço do mundo será insuficiente. O Brasil tem o melhor volley do mundo. Somos capazes de vencer qualquer um, a qualquer hora! Mas isso se torna difícil se o time perder algum título, de maneira estúpida. A pressão é muito grande, e só quem já jogou volley perdendo com diferença de 10 pontos sabe o que se sente.
Enfim, o título já está na nossa casa. Foi um susto, e todos concordam que foi um dos títulos mais suados da história do volleyball brasileiro. Mas eu acho que é isso aí: honra ao mérito.
Isso só torna a vitória mais dourada. As nossas lágrimas, mais felizes. Os nossos agradecimentos, mais fervorosos.
E meu orgulho de torcer para o melhor time do mundo, nunca morrerá. Eles são os meus heróis. E eu vou sempre contar, pras gerações futuras, que eu vivi no tempo dessas lendas. Tudo que ficar em minha memória, viverá para sempre.
Eu amo o meu volley, so much. *-*
P.S.: ENEACAMPEÃO, caramba!!! (Eu disse que ninguém ia rir da gente nessa Liga! Eu torço pro esporte certo, viram só?) xP